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Resposta ao escândalo da sagração pública de Dom Merardo Loya


Introdução

Após nosso artigo anterior revelando o escândalo da sagração de Dom Loya, ele resolveu responder por meio de uma carta aberta — a qual reproduzimos e analisamos. A seguir, apresento minha resposta direta à sua tentativa de justificar o injustificável.

 

[grifos meus]


Carta aberta aos católicos:

 

No último dia 12 de junho recebi a consagração episcopal sub conditione da S.E.R. Mons. Rodrigo Da Silva, com quem mantive boas conversas, buscando aquela tão desejada unidade entre os bispos católicos. A consagração não foi anunciada, foi com apenas a presença dos meus seminaristas, religiosos, e dois fiéis instruídos muito bem na fé, ou seja, não foi tornado público.

 

Começou a ser público mais tarde, quando um bispo tradicional, a quem comuniquei esta decisão, pediu provas de tal ato, e eu lhe enviei fotos que, sem permissão, as trouxe à luz.

 

Realmente não me incomodou, já que o realizado não tinha nada de errado, pelo contrário, com toda a boa intenção e com o desejo de servir, sem obstáculos, à Santa Igreja, pedimos essa consagração sub conditione. Recebi tão grande quantidade de felicitações de vários bispos e padres, pedidos de ajuda para atender novas missões, recepção de mais jovens no nosso seminário e novas religiosas no convento, que realmente foi uma bênção e uma excelente decisão, com profundo agradecimento a Deus e a Sua Excelência Monsenhor Da Silva.

 

Apenas um ou outro laico sem noção e dois ou três clérigos se mostraram contrários; os quais, demonstrando falta de sapiência, alegam que foi um sacrilégio, por questão de falta de dúvida subjetiva sobre a validade da Nossa consagração por S. E. R Mons. Juan José Squetino.

Vamos falar sobre isto:

 

O facto de eu pessoalmente não ter dúvidas da validade da minha consagração, não significa que não existisse fora de mim uma dúvida real, e não falo de uma dúvida de um particular, falo de uma dúvida das dimensões de ser público e geral, é dizer da maioria dos bispos católicos existentes; inclusive aqueles que agora gritam "sacrilégio", eles mesmos afirmam que essa nossa linha é "de validade questionável" (suposta carta de Mons. Cloquell); é mentira que só pode ser feita a administração sub conditione de um sacramento que imprime caráter a “pedição do mesmo recipiente” (idem). Quando esta dúvida é pública, a mesma Igreja obriga esta administração: Na Teologia Moral segundo San Alfoso M. de Ligório e São Tomás, do Rev P. Padre José M. moran, pág. 113, número 1615, Secc. 2, diz: "Quanto aos sacramentos que imprimem caráter, todos concordam em que, com justa causa, isto é, quando há dúvida razoável da sua validade, eles podem e devem ser reiterados. ”

 

Além disso, “é doutrina certa e corrente, que todos os sacramentos podem ser administrados sub conditione” (San Ligorio livro 6, no. 28); mas, acrescenta, “é comum (contra alguns) ser pecado mortal, administrar os Sacramentos sub conditione, se não houver causa de necessidade ou de utilidade grave”.

 

Leia bem, não diz que se o recipiente tem dúvidas, mas qualquer dúvida razoável, causa justa e também grave utilidade. Portanto, a principal causa desta administração do episódio sub conditione não foi “revindicar a má fama de uma linha” (idem), disse isso em segundo lugar no esclarecimento, mas sim, em primeiro lugar, de sanar a dúvida generalizada e pública sobre a Nossa validade. Isso não é razão suficiente?

Para ser católico, não se pode ser independente, fazer a sua igrejas particular, o seu grupúsculo, onde o sacerdote ou bispo é o rei; para ser católico deve-se procurar a unidade na verdade, e com essa dúvida, de praticamente todos, essa unidade era-me impossível.

 

Quase todos os bispo atuais fizeram batismos, confirmações, ordenações e consagrações SUB CONDIÇÃO: Mons. Thuc, ele mesmo ofereceu a consagração sub conditione a Mons. Lefebvre, Mons. Carmona fez isso ao Mons. Hillebrand, Mons. Pivarunas para Frei Leon, Mons. Cloquell para Mons. Huber, Mons Davila ultimamente ordenou de novo dois padres na Europa, etc. , só para dar alguns exemplos, são muitos. Já expliquei que minha própria e pessoal duvida não invalida a dúvida real dos outros, nem a razão suficiente e a gravidade da utilidade.

Contra um tal Matias Chimentón eu explico-lhe, quando um bispo se refere a si mesmo, diz Nós, ao dizer que “corroboramos e demonstramos que é teologicamente válida” não se fala em referência a Mons Da silva e a um servidor, pois ele tinha as mesmas dúvidas que quase todos. Quando me refiro a dúvida humana e não teológica, é referindo-se a que M. Datessen supostamente nega ter consagrado Mons. Sallé; supostamente se diz que era louco Sallé etc... dúvidas humanas, espero que entenda o que eu quis dizer com "dúvidas humanas".

Se essa carta transcrita e sem assinatura for verdadeira, em um espaço que não era o próprio de S. E. R. Mons. Cloquell, sinto muita pena; que por um ato de caridade e sentido de dever próprio que Monsenhor Da Silva teve para conosco, de poder ser recebidos sem dúvida pelas outras comunidades católicas e bispos, tenha decidido separar-se; lamento profundamente esta decisão e peço ao Sr. Bispo Cloquell que perdoe minha necessidade, e que se alegre por ter mais um bispo católico para a Igreja, convido-o de coração a não se separar, mas buscar a união que a Igreja tanto precisa contra os verdadeiros inimigos que nos querem ver separados.

 

Respeitemos as escolhas de cada Bispo em ordenar seus próprios sacerdotes; pois se fizermos bem, Deus nos recompensará; mas se não escolhermos os certos, o mesmo Deus nos punirá, mas isso é entre o Bispo e Deus. “Pai, que todos sejam um” (Jn 17, 21).

 

Não pensei responder, porque tenho, graças a Deus, muito trabalho como bispo, aulas aos seminaristas, direção espiritual às nossas religiosas, atender comunidades etc. , mas não desejo que esta nobre ação do Bispo Da Silva, que outros mal interpretam, lhe cause algum mal. Por favor, vejamos o bom desta ação e a nossa boa intenção para com a Santa Igreja, não houve maldade da nossa parte. Espero que continuemos a fabricar a unidade entre os católicos para lutar como Igreja contra o erro. Deus os abençoe!

 

+ Mons. Merardo Loya.


A resposta do “leigo sem noção”

“Recebi a consagração episcopal sub conditione da S.E.R. Mons. Rodrigo Da Silva.”

Só se recebe essa sagração quando há dúvidas válidas e fundamentadas por parte do receptor, ou quando há falhas graves no rito episcopal.Se o senhor Merardo não tinha dúvidas, então cometeu sacrilegio.Se tinha dúvidas, então deveria tê-lo feito em segredo, e não tornar público — justamente para evitar escândalo, como já demonstramos no artigo anterior.


“Não foi tornado público.”

Depois de ler nosso artigo, começa a mentir para fugir do fato evidente: errou ao tornar pública a sagração, o que causou escândalos.


“Começou a ser público mais tarde, quando um bispo tradicional, a quem comuniquei esta decisão, pediu provas de tal ato, e eu lhe enviei fotos que, sem permissão, as trouxe à luz.”

A sagração foi postada em vários canais sedevacantistas, com fotos e tudo. Como poderia ter sido em segredo? E a qual bispo ele está se referindo?Mesmo que fosse verdade, a divulgação pública violou o bom senso, o direito canônico e a prudência. Agora, ele muda o discurso após perceber a lambança que fez.

Antes da publicação do artigo e antes de sua carta pública mentirosa, já havíamos admoestado Dom Loya. Ao ser confrontado diretamente sobre por que havia tornado pública a sagração, ele respondeu com desdém:

“E há algum problema com isso?

Um de seus fiéis complementou, sem qualquer base canônica:

— “Se a dúvida é pública, então o sacramento sob condição deve ser público.”

E o próprio Dom Loya continuou:

— “Saudações, Yuri. Como comentou meu fiel, precisamente a razão principal da consagração sub conditione é que 95% dos bispos católicos tinham dúvidas sobre nossa consagração. Deveria ser uma cerimônia pública e com provas palpitantes dessa cura. Se tivesse sido uma dúvida puramente interna, nós a curaríamos internamente.”

Após minhas explicações, Loya passou a me ofender. Por isso, deixei de tentar ajudá-lo. Agora, volta a me ofender, chamando-me de “leigo sem noção”.

Vemos claramente quem está mentindo e tentando consertar um erro e um escândalo sem coragem de assumir que causou tudo isso. Já vimos esse mesmo padrão aqui no Brasil com outro bispo escandaloso e sem noção.


Segue abaixo as fotos dessa conversa — posteriormente apagada do Facebook pelo próprio Loya.

 


A responsabilidade objetiva

“Laico sem noção... falta de sapiência, alegam que foi um sacrilégio, por questão de falta de dúvida subjetiva sobre a validade da nossa consagração por S.E.R. Mons. Juan José Squetino.”

Aqui, pelo visto, ele ainda não entendeu que o que ocorreu foi, e continua sendo, um escândalo público.Ao se submeter ao rito sob condição e tornar isso público, colocou em dúvida sua própria ordenação episcopal.

Agora tem o dever de reordenar todos os padres e bispos nos quais impôs as mãos, reparar as confissões duvidosas, corrigir as crismas e exigir a revalidação do próprio Squetino.Isso sim é ser sem noção.

O verdadeiro sacrílego foi o consagrador, que impôs as mãos publicamente sobre alguém já agindo como bispo, com “95% dos bispos” dizendo que sua linha Mamistra era inválida/duvidosa. E um padre (como era Loya, ordenado por Carmona) não é escusado pela ignorância dessas leis.

A dúvida, neste caso, não é subjetiva, mas objetiva. Há provas e fatos que pesam contra.

“Eu pessoalmente não ter dúvidas da validade da minha consagração...”

Então cometeu sacrilégio.Ou a linhagem Datessen–Mamistra é inválida ou não é. Se não é, então fez sacrilégio ao repetir o rito. Se é, então precisa mudar o discurso.

“Isso não é razão suficiente?”

Nunca dissemos que o senhor, ou qualquer um, não poderia receber a sagração sob condição. O que dissemos no artigo anterior é que deveria ter sido feita em privado, seguindo o cânone, para evitar escândalo.

Todavia, se deseja minha opinião pessoal, o senhor jamais deveria ter sido sagrado bispo. É orgulhoso, mentiroso e despreparado.

 

Unidade ou dissimulação?

“Era-me impossível.”

O senhor é conclavista. Como pretendia se unir com bispos da Tese, totalistas liberais e não liberais, grupos de resistência, FSSPX etc., acreditando que o problema entre vocês se resumia à sua “sagração duvidosa”?Isso é dissimulação ou ingenuidade — coisa que, francamente, duvido que o senhor seja, dadas as suas conversas.

Só existe verdadeira unidade entre os católicos que não têm nada a ver com o Novus Ordo — isto é, os que seguem o sedevacantismo totalista.Tesistas são sedeplenistas em essência, e até os que seguem a semana reformada de 1955 são uma variante do sedeplenismo, “uma ponte” para o missal Novos Ordo.E dentro desse mundo, há mais divisão que união.

Seu motivo para a sagração sub conditione é frágil, dissimulado ou estrategicamente confuso.

 

A teologia sacramental desprezada


“Minha própria e pessoal dúvida não invalida a dúvida real dos outros, nem a razão suficiente e a gravidade da utilidade.”

Como assim? Os sacramentos devem ser recebidos com certeza moral da validade. Isso é elementar na tradição.Por isso exigimos provas concretas da linhagem e da idoneidade do candidato.

“A dúvida humana e não teológica, é referindo-se a que M. Datessen supostamente nega ter consagrado Mons. Sallé; supostamente se diz que era louco Sallé etc.”

Se uma pessoa nega ter consagrado outra, já não é “dúvida humana”.Se uma pessoa mentalmente perturbada é a suposta fonte da sagração, isso afeta diretamente a validade do sacramento.

Pelo visto, o senhor faltou às aulas de teologia sacramental, e seu consagrador às de abjuração.Há laudo médico contra Sallé, além de inúmeros escândalos associados a essa linhagem falsa e satânica.

 

Conclusão

“O mesmo Deus nos punirá.”

Disso eu não tenho dúvidas.Desejo sinceramente que o senhor se arrependa e repare o escândalo publicamente.Assim, poderei ter ao menos alguma certeza moral de que, no dia da sua morte, o senhor não terá a cabeça colocada como “poste que ilumina o caminho do inferno”.

Sem noção é tamanho do seu escândalo.

Laus Deo

Ad Majorem Dei Gloriam

Por Yuri Maria

11 de julho de 2025 — Dia do Papa São Pio I

 

 
 
 
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Por Jorge Meri

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